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Plasmodium spp.

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Plasmodium spp.

TAXONOMIA

Reino: Protozoa

Filo: Apicomplexa

Classe: Aconoidasida

Ordem: Haemosporida

Família: Plasmodiidae

Gênero: Plasmodium

Espécies:

-Plasmodium vivax

-P. falciparum

-P. malariae

-P. ovale

-P. knowlesi

-P. simium

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. A malária também é conhecida como impaludismo, paludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, além de nomes populares como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre.

Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma. Porém, uma imunidade esterilizante, que confere total proteção clínica, até hoje não foi observada. Caso não seja tratado adequadamente, o indivíduo pode ser fonte de infecção por meses ou anos, de acordo com a espécie parasitária.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentram na região amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Na região extra-amazônica, composta pelas demais unidades federativas, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois a letalidade nesta região é maior que na região amazônica.

A malária é uma doença infecciosa causada por um parasito do gênero Plasmodium, que é transmitido para humanos pela picada de fêmeas infectadas dos mosquitos Anopheles (mosquito-prego). Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno. Portanto, não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir malária diretamente a outra pessoa.

SOBRE O VETOR

São mosquitos Dipteros, da família Culicidae e subfamília anophelinae, sendo que a principal espécie é o Anopheles darlingi, conhecido como mosquito PALHA. O mosquito é chamado de hospedeiro invertebrado, pois nele também ocorre reprodução sexuada.  

MORFOLOGIA

Os sintomas mais comuns da malária são:

  • febre alta;

  • calafrios;

  • tremores;

  • sudorese;

  • dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.

 

Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

A malária grave caracteriza-se por um ou mais desses sinais e sintomas:

  • prostração;

  • alteração da consciência;

  • dispneia ou hiperventilação;

  • convulsões;

  • hipotensão arterial ou choque;

  • hemorragias;

  • Entre outros.

MORFOLOGIA

É bastante variada, tendo em vista a grande diversidade de formas evolutivas e de localidades que podem habitar, seja no hospedeiro vertebrado seja no hospedeiro invertebrado.

-ESPOROZOITO

Forma inoculada pelo mosquito, infectante para o hospedeiro vertebrado.

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-TROFOZOITO (JOVEM E MADURO)

Possuem o núcleo em divisão, variando apenas quanto a "quantidade de citoplasma"

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-ESQUIZONTE

Possui o núcleo dividido, com o citoplasma ainda espalhado.

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-MERÓCITO/ROSÁCEA

Possui núcleo e citoplasma organizado.

-GAMETÓCITO

É a forma infectante para o hospedeiro invertebrado (Definitivo).

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GAMETÓCITO PM.PNG

-MACRO E MICROGAMETAS

São formas reprodutivas no mosquito.

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-OOCINETOS

É o ovo ou zigoto, móvel, formado após a reprodução sexuada.

-OOCISTOS

Origina os Esporozoítos.

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CICLO BIOLÓGICO

  • O ciclo de vida do parasita da malária envolve 2 hospedeiros. Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios inocula os esporozoítos no hospedeiro humano.

  • Os esporozoítos infectam as células do fígado.

  • Lá, os esporozoítos amadurecem para esquizontes.

  • Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. Essa replicação inicial no fígado é chamada de ciclo exoeritrocítico (A).

  • Os merozoítos infectam os eritrócitos. Então, o parasita multiplica-se assexuadamente (o chamado ciclo eritrocítico) (B). Os merozoítos se desenvolvem em trofozoítos em estágio de anel. Alguns, então, amadurecem para esquizontes.

  • Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos.

  • Alguns trofozoítos se diferenciam em gametócitos.

  • Ao se alimentar de sangue, um mosquito Anopheles ingere os gametócitos masculinos (microgametócitos) e femininos (macrogametócitos), dando início ao ciclo esporogônico (C).

  • No estômago do mosquito, os microgametas penetram nos macrogametas, produzindo zigotos.

  • Os zigotos tornam-se móveis e alongados, evoluindo para oocinetes.

  • Os oocinetes invadem a parede do intestino médio do mosquito, onde se desenvolvem em oocistos.

  • Os oocistos crescem, rompem-se e liberam esporozoítos, os quais se deslocam para as glândulas salivares do mosquito. A inoculação dos esporozoítos em um novo hospedeiro humano perpetua o ciclo de vida da malária.

CICLO BIOLÓGICO

  • O ciclo de vida do parasita da malária envolve 2 hospedeiros. Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios inocula os esporozoítos no hospedeiro humano.

  • Os esporozoítos infectam as células do fígado.

  • Lá, os esporozoítos amadurecem para esquizontes.

  • Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. Essa replicação inicial no fígado é chamada de ciclo exoeritrocítico (A).

  • Os merozoítos infectam os eritrócitos. Então, o parasita multiplica-se assexuadamente (o chamado ciclo eritrocítico) (B). Os merozoítos se desenvolvem em trofozoítos em estágio de anel. Alguns, então, amadurecem para esquizontes.

  • Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos.

  • Alguns trofozoítos se diferenciam em gametócitos.

  • Ao se alimentar de sangue, um mosquito Anopheles ingere os gametócitos masculinos (microgametócitos) e femininos (macrogametócitos), dando início ao ciclo esporogônico (C).

  • No estômago do mosquito, os microgametas penetram nos macrogametas, produzindo zigotos.

  • Os zigotos tornam-se móveis e alongados, evoluindo para oocinetes.

  • Os oocinetes invadem a parede do intestino médio do mosquito, onde se desenvolvem em oocistos.

  • Os oocistos crescem, rompem-se e liberam esporozoítos, os quais se deslocam para as glândulas salivares do mosquito. A inoculação dos esporozoítos em um novo hospedeiro humano perpetua o ciclo de vida da malária.

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TRANSMISSÃO

A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium. O mosquito anofelino também é conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno. Apenas as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são capazes de transmitir a malária. A malária não pode ser transmitida pela água.

Os locais preferenciais escolhidos pelos mosquitos transmissores da malária para colocar seus ovos (criadouros) são coleções de água limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia Brasileira. O ciclo se inicia quando o mosquito pica um indivíduo com malária sugando o sangue com parasitos (plasmódios). No mosquito, os plasmódios se desenvolvem e se multiplicam. O ciclo se completa quando estes mosquitos infectados picam um novo indivíduo, infectando a pessoa com os parasitos.

Desta forma, o ciclo de transmissão envolve: o plasmódio (parasito), o anofelino (mosquito vetor) e humanos.

O período de incubação, ou seja, o intervalo entre a aquisição do parasito pela picada da fêmea do mosquito até o surgimento dos primeiros sintomas, varia de acordo com a espécie de plasmódio. Para Plamodium falciparum, mínimo de sete dias; P. vivax, de 10 a 30 dias e P. malariae, 18 a 30 dias. Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa. Outras formas de transmissão também podem ocorrer em casos mais raros por: transfusão sanguínea, uso de seringas contaminadas, acidentes de laboratório e transmissão congênita.

DIAGNÓSTICO LABORAL

O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos métodos diagnósticos especificados a seguir:

Atenção! A sorologia não deve ser realizada no caso de suspeita de malária. Seu resultado é relacionado a exposição prévia e é restrito a inquéritos soroepidemiológicos e a estudos científicos. Sua solicitação no contexto clínico leva a retardo diagnóstico e maior risco de complicações.

DIAGNÓSTICO LABORAL

Após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato. O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade e o peso do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença.

 

Importante: Quando realizado de maneira correta e em tempo oportuno, o tratamento garante a cura da doença.

 

O diagnóstico oportuno seguido, imediatamente, de tratamento correto são os meios mais efetivos para interromper a cadeia de transmissão e reduzir a gravidade e a letalidade por malária. O tratamento da malária visa atingir ao parasito em pontos-chave de seu ciclo evolutivo, que podem ser didaticamente resumidos em:
a) interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção;
b) destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas;
c) interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de medicamentos que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos).

FONTES:

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/mal%C3%A1ria?query=Plasmodium%20spp.

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/multimedia/image/ciclo-de-vida-do-plasmodium#:~:text=O%20ciclo%20de%20vida%20do,os%20esporozo%C3%ADtos%20amadurecem%20para%20esquizontes.

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria#:~:text=A%20mal%C3%A1ria%20%C3%A9%20transmitida%20atrav%C3%A9s,ao%20entardecer%20e%20ao%20amanhecer.

https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-malaria-completo-ligas

https://www.cevs.rs.gov.br/malaria-5ad7524d92ec4

http://www.coccidia.icb.usp.br/parasite_db/galerias_a.php?id_galeria=MA&nome_gal=Mal%C3%A1ria+%28com%29

https://agencia.fapesp.br/pesquisa-sobre-malaria-causada-por-iplasmodium-vivax-i-precisa-ser-ampliada/16979/

https://rondonia.ro.gov.br/sesau/

http://scientistsagainstmalaria.net/parasite/plasmodium-vivax

https://www.cdc.gov/dpdx/onchocerciasis/index.html

R. Gen. Gustavo Cordeiro de Faria, S/N - Petrópolis, Natal - RN, 59012-570

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